Rico em recursos naturais para serem utilizados nas demandas energéticas renováveis, o Brasil possui oportunidades de competitividade com a produção de energia solar, eólica e biomassa, agindo no mercado como produtor e como exportador energético.
As fontes de energia derivadas de combustíveis fósseis, são utilizadas há mais de um século. Durante esse período, muitos impactos foram ocasionados ao planeta, devido ao dióxido de carbono – gás liberado durante a queima dos combustíveis. Entre as consequências estão a poluição ambiental e, principalmente, a ascensão do aquecimento global.
Já as energias limpas e renováveis são recentes. Muitas pesquisas e investimentos para a implementação da modalidade foram realizados em meados dos anos 2000. No Brasil, mais especificamente em 2009, começou uma forte diversificação da matriz energética com a energia hídrica, eólica e solar.
Atualmente, a porcentagem de uso de energia renovável no Brasil corresponde a 48% da matriz energética, enquanto no restante do mundo a média é apenas 14%. Em nota, Paulo Cesar Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, afirma que os números representam o quanto o Brasil pode ser protagonista na transição da energia limpa e renovável.
“Temos um potencial enorme de energia, solar, eólica, um potencial hidráulico ainda não totalmente aproveitado. Então, o Brasil é grande referência, sendo respeitado no mundo todo por essa potencialidade e também por novas tecnologias que estão surgindo. O Brasil pode ser um grande produtor, consumidor e exportador energético para o mundo todo nesse processo de transição energética mundial”, disse ele.
Países com mais emissões poluentes
Contudo, mesmo em um país onde há grandes recursos naturais para serem utilizados nas demandas energéticas, o Brasil é o 4º no mundo a acumular mais emissão de gases poluentes, conforme uma pesquisa realizada pelo Carbon Brief. O estudo considerou o uso de combustíveis fósseis e os desmatamentos de 1850 a 2021.
Em primeiro lugar está os Estados Unidos, em segundo, a China e, em terceiro, a Rússia. Logo abaixo do Brasil seguem a Indonésia, a Alemanha e a Índia.
